Odontogeriatria

15 de junho de 2016
O Brasil passa por um processo de envelhecimento populacional rápido e intenso, tanto que a expectativa de vida do brasileiro continuará aumentando nas próximas décadas. Por isso, há a necessidade de se proporcionar maior qualidade de vida ao segmento idoso da população, focando os aspectos físico, social e psicológico.
Dentro dessa realidade, o estado de saúde bucal dos idosos tem adquirido maior importância nas últimas décadas nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, visto que essa faixa da população cresce lentamente, porém continuamente, em razão do aumento da expectativa de vida.
Quanto mais longa é a vida média da população, mais importante se torna o conceito de qualidade de vida, e a saúde bucal tem um papel relevante nesse contexto. Saúde bucal comprometida pode afetar o nível nutricional, o bem-estar físico e mental e diminuir o prazer de uma vida social ativa.
A terceira idade, atualmente chamada de “melhor idade” é formada por um grupo heterogêneo de pessoas em virtude das diferentes experiências de vida acumuladas pelo indivíduo. Existem idosos de diferentes níveis econômicos, culturais e de saúde, além de idosos com diferentes níveis de motivação quanto à manutenção da saúde bucal. Dessa forma, essas diferenças podem afetar a aceitação, a realização e o sucesso do tratamento.
É necessário conhecer as alterações fisiológicas e patológicas que acometem o organismo do paciente idoso, bem como os aspectos psicossociais de interesse para este indivíduo.
O cirurgião-dentista também deve estar em contato direto com o médico geriatra, com o intuito de avaliar a administração das drogas, visto que o idoso faz uso de alguns medicamentos que apresentam efeitos colaterais, ou, mesmo, provocam alterações no nível de saúde geral.
O papel da odontologia em relação a essa faixa populacional é o de manter os pacientes em condições de saúde bucal que não comprometam a alimentação normal nem tenham repercussões negativas sobre a saúde geral e sobre o estado psicológico do indivíduo.
Algumas enfermidades comuns ao paciente idoso apresentam consequências bucais para as quais o cirurgião-dentista deve estar atento, a fim de minimizar interferências no tratamento odontológico.
Dentre essas doenças podem-se citar o câncer, a artrite, o diabetes e o mal de Parkinson. Muitos pacientes submetidos à terapia de câncer apresentam-se mal nutridos, com cicatrização alterada, perda da capacidade gustativa, diminuição da resistência às infecções, além de redução do fluxo salivar, o que pode provocar mucosites. Os pacientes portadores de artrite apresentam perda da habilidade manual necessária para uma completa higiene bucal, e os diabéticos têm alta prevalência de xerostomia, candidíase, cáries múltiplas e doença periodontal. O mal de Parkinson, assim como a artrite, afeta a capacidade do paciente de realizar uma completa higiene bucal.
Algumas das condições clínicas fisiológicas decorrentes do processo de envelhecimento que podem estar presentes na cavidade bucal do idoso podem ser:
 1 – Redução da capacidade gustativa
A redução da capacidade gustativa associada ao doce, salgado, amargo e ácido é verificada a partir dos cinquenta anos e atinge cerca de 80% dos pacientes idosos. A gustação sofre alterações com o avanço da idade porque o número de botões gustativos na papila diminui significativamente, principalmente após os setenta anos.
2 – Alterações nas glândulas salivares
A função adequada das glândulas salivares é essencial para todos os aspectos das funções bucais. A saliva ajuda na proteção dos tecidos bucais, lubrificando a mucosa, prevenindo a desmineralização e promovendo a remineralização dos dentes. As alterações nas glândulas salivares podem provocar xerostomia (boca seca) e diminuição na produção da amilase salivar, o que dificulta a deglutição e posterior digestão dos alimentos.
3 – Alterações no periodonto
Como a cárie dental, a doença periodontal é causada pela placa bacteriana que se acumula e adere à superfície dos dentes, acarretando uma destruição dos tecidos locais. Então, os produtos das bactérias penetram nos tecidos periodontais iniciando a resposta inflamatória.
4 – Alterações nos dentes/uso de próteses
Dos problemas bucais existentes no paciente da “melhor idade”, a perda de dentes é um dos mais frequentes. Em decorrência disso, a reabilitação protética torna-se fator importante para o restabelecimento das condições bucais ideais do paciente. A perda da dentição permanente influenciará na mastigação e, consequentemente, na digestão, bem como na gustação, na pronúncia e na estética.
A odontologia voltada para a terceira idade recentemente foi reconhecida como uma especialidade: a Odontogeriatria. A manutenção da saúde bucal contribui para o bem-estar físico, psíquico e social do paciente.
Existe uma falta de percepção quanto à necessidade de tratamento odontológico, tanto por parte do paciente idoso como pelos seus familiares, pessoal de apoio e demais profissionais consultados por ele. Tanto os idosos como seus familiares devem ser conscientizados de que existe uma necessidade contínua de cuidados bucais.
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